terça-feira, outubro 26, 2010

Sem laboratório alunos reclamam

João Monlevade - Na tarde da última sexta-feira, 22, alunos do primeiro módulo do curso de Química, da Escola Municipal Governador Israel Pinheiro (Emip) promoveram um manifesto nas dependências da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). A reivindicação dos alunos tem como foco à falta de segurança do novo laboratório construído na Ufop.
    Atualmente, as aulas práticas do curso são realizadas no laboratório da universidade, já que a Emip não possui um próprio. A Prefeitura de João Monlevade chegou a iniciar a construção de um laboratório na escola, porém, as obras tiveram de ser interrompidas devido a dificuldade financeira enfrentada pelo Executivo. Desde que o curso foi transferido a nova sede, em 2008, os alunos têm que se deslocar para a Ufop, onde as aulas práticas são realizadas.

     Um novo laboratório provisório foi construído na universidade. O antigo será demolido e no local será erguido um novo prédio de laboratórios para atender os cursos da universidade. No entanto, de acordo com a estudante Vilma dos Santos, 28, o novo laboratório não oferece condições de segurança aos alunos e professores. Vilma argumentou que o aval de segurança foi realizado por um técnico da Ufop, sendo que, segundo ela, o correto seria uma aprovação emitida pelo Conselho Regional de Química (CRQ).
     A estudante disse que se a situação não for resolvida de forma amigável, os alunos irão acionar o Ministério Público para intervir no problema. Os estudantes também cobram uma iniciativa por parte da Prefeitura, para que o laboratório da Emip seja construído.

Coletiva
     Diante do protesto realizado na última sexta-feira, 2, a diretora da Emip, Mônica Faria da Silva Parente convocou a imprensa na manhã de ontem, 25, para esclarecer a situação. De acordo com Mônica, a Emip enfrenta problemas de espaço e infra-estrutura.
     A diretora disse que quando ocorreu a mudança da escola Emip para a nova sede, não houve a preocupação com o curso de Química. Na opinião dela, a nova área não tem estrutura para atender o curso.
    Mônica explicou que com o início do governo municipal atual, foi comprado um terreno anexo à escola para a construção de um laboratório. O Executivo chegou a realizar uma licitação e a terraplanagem da área foi iniciada. Atualmente, os trabalhos estão parados. As obras tiveram de ser interrompidas devido aos problemas financeiros enfrentados pela Administração Municipal.
   A diretora revelou que a situação é complicada, mas ela está buscando alternativas. "Fizemos reuniões com os alunos e explicamos que a escola está passando por um momento de transição. Está ocorrendo uma falta de tolerância muito grande por parte dos alunos. Acredito que a situação também poderia ser amenizada através de uma intervenção positiva dos professores", argumentou.
    Mônica também destacou que tanto os professores, quanto os alunos devem perceber que, apesar das dificuldades, é preciso se organizar. "Por enquanto, os alunos terão que dividir o laboratório com os alunos da Ufop. O problema é que as pessoas não estão sabendo lidar com a situação", disse.
   O técnico em Química da Ufop, Reginaldo Moreira, garantiu que o laboratório da universidade está 100% disponibilizado para os alunos do curso de Química da Emip. Ele ainda ressaltou que existe um laudo de segurança aprovado pelo Corpo de Bombeiros e que todas as normas de segurança foram atendidas.
  De acordo com Reginaldo, o investimento da construção do laboratório provisório foi de R$120 mil.

Fonte:Cidademais

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