sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Moreira radio política?

   "Os executantes do serviço de radiodifusão educativa observarão sempre as finalidades educativo-culturais da sua programação". Este texto está previsto no artigo 6º da portaria interministerial 651 de 15 de abril de 1999, que estabelece critérios para outorgas de concessões, permissões e autorizações para serviço de radiodifusão sonora com finalidade exclusivamente educativa, mas não é seguido à risca pela emissora recém-criada Global FM, pertencente à Fundação Germim Loureiro.
   Uma semana após a estreia da programação, a emissora se mantém veiculando programas que fogem ao propósito fundamental das rádios educativas, que é a destinação exclusiva à divulgação de programação de caráter educativo-cultural e não ter finalidades lucrativas. De acordo com o parágrafo 1º da mesma portaria, "entendem-se por programas educativo-culturais aqueles que, além de atuarem conjuntamente com os sistemas de ensino de qualquer nível ou modalidade, visem à educação básica e superior, à educação permanente e formação para o trabalho, além de abranger as atividades de divulgação educacional, cultural, pedagógica e de orientação profissional, sempre de acordo com os objetivos nacionais". O artigo 4º prevê que "o tempo destinado à emissão dos programas educativo-culturais será integral nas emissoras educativas".
   Porém, em Monlevade, o que se observa é outra coisa. Programa da rádio Global FM comandado pelo locutor e ex-prefeito Carlos Moreira é um exemplo de como não seguir as normas. Ontem, 4, durante todo o tempo, Moreira fez discurso político, tecendo críticas à administração municipal, chegando a questionar, ironicamente, a realização de um carnaval antecipado na cidade, afirmando que era diferente de todo o resto. Entretanto, esqueceu-se de observar que durante anos a cidade ficou sem este que é um evento cultural.
      Dados do Ministério da Comunicação apontam que a direção da Fundação Germin Loureiro está a cargo de um grupo com forte ligação ao deputado Mauri Torres (PSDB). Além do empresário José Oscar de Morais, proprietário da Prohetel, também respondem pela direção da Fundação o empresário Darci Alves da Silva, dono do Supermercado Somar de Nova Era e Lélia Carvalho e Silva (ex-secretária do parlamentar).
  


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