sexta-feira, janeiro 29, 2010

Crítica do Drops

   Não importa o quanto eu diga que meu caráter é nobre, se meus passos são injustos.
   Hoje, às dez horas da manhã, ocorreu mais um parto da montanha em João Monlevade. promessas demais para resultados iguais, entende? Não bastava o universo AM para fazer barulho, agora temos também o universo FM.
  Em duas semanas sairá uma pesquisa (provavelmente pelo Datafato) indicando que a Global FM é líder de audiência no Médio Piracicaba.

À parte os tropeços iniciais terríveis, conforme veremos a seguir:

1 - A fundação Germim Loureiro existe há quantos anos? Por que só agora investir num veículo de comunicação próprio? De onde saiu o dinheiro para o investimento na nova rádio?

2 - O que haverá de cultural a ser observado, além da música ruim? Admito que música ruim também é cultura, mas somente para isso já havia , pelo menos, três rádios, atendendo ao município. Haverá participação ampla de todos os movimentos culturais existentes na cidade?

3 - Tudo que começa mal cheira mal. Precisava "chupar" o logotipo do Jornal da Gente, editado pela Prefeitura Municipal de João Monlevade? Precisava adotar
um nome que remete, indiretamente, às organizações Globo, poderoso grupo de comunicação no Brasil e no mundo?

4 - As ameaças veladas e constantes de que Carlos Moreira iria estrear um novo canal de esculhambação diário foram as mais veiculadas. E o restante da programação, é só perfumaria?
Estamos diante de outro caso de capacitação usurpadora (somente um detém a capacidade; má notícia para os formados e futuros formandos em jornalismo pela FUNCEC, a vaga acaba de ser ocupada)?

   Existe caráter nobre baseado em passos obscuros? Germim Loureiro, que merecidamente nomeia a Fundação, utilizaria dos mesmos recursos sinuosos para percorrer sua trajetória de vida? Duvido muito.
   Tudo o que vejo em João Monlevade é isso: nós fizemos, mas vocês não podem fazer. A exclusividade da competência foi derrubada há uns duzentos anos atrás no mundo. Em Monlevade, existe gente que acredita nela (ou finge muito bem acreditar) ainda hoje.
  Os tempos são muito outros, pessoal. Em 2001, não havia público que questionasse e tivesse os argumentos, a lógica e os números para contrapor a verborragia. Má notícia, estamos em 2010! Trabalho por trabalho, se não atrapalharem já estará de ótimo tamanho.
  E, se conheço o universo que me cerca, não vejo um caminho assim tão fácil que possa remeter ao esquecimento seletivo. Não que o povo, o grande povo, faça distinção absoluta. Precisa cuidar da própria vida. É que o número de intérpretes aumentou em progressão algébrica, e nenhuma linguagem obscura assim permanece, enquanto houver bons tradutores.
  Em todo caso, desejo o sucesso merecido para o novo empreendimento. Nem mais, nem menos.
  Agenda Oculta? Plágio é muuuuuito feio, e não aponta para nada sincero. Que os funcionários de caráter, na nova rádio, possam sobreviver a mais esta. Eles não merecem ser jogados no balde. Eu, pelo menos, não farei isso jamais. Se o "grupo político" tivesse esta mesma ética, Monlevade não seria a fotografia do atraso, que demonstra ainda parecer.




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