sexta-feira, dezembro 11, 2009

Crime que chocou Itabira

   Manchete do via comercial:

"   Desde a morte de Luísa Aparecida Coelho Silva, de 52 anos, irmã do Prefeito de Itabira, João Izael Querino Coelho, no dia 30 de novembro, a Rua José Getúlio, no bairro Eldorado, tornou-se ponto de curiosos. Pessoas que passam pelo local, um beco cercado dos dois lados por um matagal, dizem não acreditar como uma filha pôde ter assassinado a própria mãe.
Daniela chegou sob forte proteção policial. (Foto: Christian Adriano)
   Daniela chegou sob forte proteção policial. (Foto: Christian Adriano)
   Nesta quinta-feira (10), a expressão de incredulidade foi substituída por gestos de revolta na frente da casa da vítima. Já nas primeiras horas da tarde de hoje, a reconstituição teve início às 14h40, dezenas de pessoas se aglomeravam para acompanhar a reconstituição do crime pela polícia.
  No último dia 04, Daniela chegou a Delegacia Civil da cidade e confessou ter estrangulado e matado a própria mãe.  No mesmo dia a ré-confessa prestou depoimento e demonstrou  passo a passo como teria praticado o crime. Depois de estrangular a mãe, a acusada teria enrolado o corpo em um cobertor, e tentado colocar fogo, mas como não conseguiu resolveu escondê-lo dentro de casa até o dia em que se entregou a polícia e confessou o crime. Ela teria alegado a polícia que um desentendimento com a mãe, por causa de um namorado, teria motivado o assassinato. A mãe, Luísa Silva, não concordava com o namoro da filha. Segundo as investigações o suposto namorado pivô do crime teria sido preso no dia do crime (30), por porte ilegal de armas.
Daniela na saída da viatura. (Foto: Christian Adriano)
Daniela na saída da viatura. (Foto: Christian Adriano)

   Daniela Carla chegou ao local sob forte escolta policial, sete viaturas, oito agentes penitenciários, vários policiais militares, e cerca de dez policiais civis, algemada e usando um uniforme vermelho do presídio da cidade. Os trabalhos de perícia consumiram cerca de duas horas (1h40m) e de acordo com a polícia houve momentos de contradições durante a reconstituição.  Ao chegar a casa e durante a reconstituição do crime, Daniela demonstrou a mesma frieza com que teria assassinado a mãe e procurado a polícia para confessar o crime e a todo momento se negava a realizar as cenas da reconstituição.
Momento em que Daniela revela detalhes. (Foto: Junimar Augusto)
   Momento em que Daniela revela detalhes. (Foto: Junimar Augusto)
A prisão temporária de Daniela que tem a responsabilidade estabelecida pelo crime continua, até que seja aberto o processo penal, caso seja comprovado sua autoria do crime. Se condenada a acusada pode pegar até 30 anos de prisão.
Momento em que Daniela deixava a casa, após a reconstituição. (Foto: Christian Adriano)
   Momento em que Daniela deixava a casa, após a reconstituição. (Foto: Christian Adriano)
‘Trata-se de um homicídio praticado com torpeza, sem possibilidade de defesa da vítima, e com crueldade’, ressaltou o delegado responsável pelo inquérito Paulo Tavares Neto.  Ainda de acordo com o Tavares, o próximo passo é analisar os laudos da perícia e ouvir mais testemunhas. Segundo o delegado, uma nova reconstituição pode ser feita caso novos fatos apareçam. O assassinato da irmã do prefeito produziu grande indignação na cidade.
Investigação
   No dia de sua prisão Daniela teria dito em depoimento que uma outra pessoa, ainda não revelada, teria ajudado-a a esconder o corpo, mas a polícia não confirma essa versão.
   Nesta sexta-feira uma revelação pode dar novo rumo as investigações.   Segundo informação extra-oficial, Daniela teria dito em novo depoimento após a reconstituição que o autor do assassinato de sua mãe teria sido o seu namorado “Adriano”.
   Com essa nova informação os rumos das investigações deve mudar, embora a polícia ainda não tenha confirmado oficialmente o depoimento.
“Adriano” teria cometido o crime duas horas antes de ter sido preso por porte ilegal de arma"
 

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