Foi preso na manhã deste sábado (13), pela Polícia Militar, o pedreiro
Edson Dias Santana, 36, acusado de assassinar brutalmente o casal de
idosos Geralda das Graças dos Reis, 58, e o marido dela Joaquim de
Souza, 62, a golpes de facão.
Edson foi preso no bairro Campos Elísios, na Rua Cravinos, após ser
reconhecido por moradores que acionaram a Polícia Militar. Ele ainda
usava, por debaixo da calça, a bermuda amarela com machas de sangue,
possivelmente das vítimas.
Segundo informações ele teria
chegado na manhã de hoje, em um
estabelecimento comercial onde teria comprado um pão com mortadela e uma
dose de cachaça. Logo após teria indo até o final da rua, onde pediu
dinheiro para um morador que se recusou dizendo que “não dava dinheiro
para ninguém, mas se ele quisesse capinar um lote, ele pagaria por
isso”. Edson teria aceitado a proposta. A Polícia Militar foi ao bar, com uma foto do suspeito, onde ele teria comprado as mercadorias. O proprietário teria informado que ele esteve ali cerca de 1 hora antes da chegada da viatura. Durante patrulhamento pelo bairro os policiais avistaram Edson realizando a capina no lote. Ao perceber a aproximação da viatura policial, ele teria fugido em meio a um matagal, onde se escondeu, mas acabou sendo localizado pelos militares, atrás de uma moita de capim. Durante o registro da ocorrência, Edson confessou diante de testemunhas que seria o autor do duplo homicídio e contou os motivos que o teria levado a cometer o crime. Segundo ele, teria realizado serviços de pedreiro para Joaquim de Souza e que não teria recebido pelos serviços. Contou ainda que a possui uma moto, que estava com problemas mecânicos e por isso precisava do dinheiro para concertá-la. Disse ainda que teria sido ameaçado pela vítima, Joaquim, e que teria ficado com medo de morrer. Joaquim de Souza era portador de necessidades especiais. Ele se utilizava de muletas para se locomover, após ter a perna direita amputada devido a problemas de saúde. Ainda de acordo com Edson, um comparsa dele teria participado do crime. O pedreiro teria retirado as telhas da casa das vítimas por onde, ele e o comparsa, teriam entrado. A Polícia Civil irá investigar estas informações. Segundo Edson ele não iria dizer o nome do comparsa porque teme pela vida de seus filhos, que moram em Sem Peixes e por isso iria, sozinho, assumir os crimes. Edson possui passagens por furto e é considerado um elemento frio e dissimulado. Segundo o Tenente Coronel Erasmo Rodrigues do Nascimento, comandante da 17ª Companhia Independente da Polícia Militar de João Monlevade, a prisão de Edson foi conseqüência de um trabalho incessante da polícia. “Logo após o crime empenhamos as viaturas para localizar e prender o suspeito. Nós não tínhamos dúvidas de que ele seria preso rápido e foi o que aconteceu. Não é comum um crime bárbaro desta natureza, e era preciso dar uma resposta rápida para os familiares das vítimas e para a população de modo geral. Mais uma vez a participação da comunidade foi fundamental. Logo após sermos comunicado sobre a presença de um suspeito, cercamos o bairro e logramos êxito em prendê-lo, pouco mais de 24 horas após o crime”, disse o comandante. O crime deixou moradores do bairro Promorar revoltados e ameaçavam fazer “justiça com as próprias mãos”, caso autor fosse visto no bairro. Na tarde de ontem um bar foi saqueado e destruído por moradores. Segundo eles, o proprietário teria trazido o autor para a cidade.
Trabalho das polícias Logo após o crime as polícias, Civil e Militar, de posse das características do suspeito saíram à procura dele. Foram feitas diversas diligências na região de Sem Peixes, por policiais do Serviço de Inteligência da Polícia Militar e equipes do setor de homicídios da Polícia Civil de João Monlevade. Uma campana foi mantida no bairro Promorar, próximo ao local do crime, por uma equipe da Divisão de Homicídios da 4ª Delegacia Regional de João Molevade, caso o autor voltasse ao local. Edson foi autuado em flagrante pelo duplo homicídio e deverá ficar preso até o julgamento. Se condenado ele poderá pegar até 30 anos de prisão.
Fonte: Opopular
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