João Monlevade -O juiz Márcio José Zebende, titular da 1ª Vara do Trabalho de João Monlevade, condenou uma construtora pagar indenização a um pedreiro vítima de racismo em local de trabalho. "Macaco", "chipanzé", "pau de fumo" e "urubu" eram algumas das expressões depreciativas utilizadas pelo chefe do pedreiro que trabalhava em uma construtora.
Testemunhas ouvidas pelo magistrado confirmaram as práticas de racismo e declararam que o mestre de obras nunca chamou o pedreiro pelo nome. Os xingamentos e humilhações sempre ocorriam na presença de colegas de trabalho. Também consta na ação, que apesar de outras pessoas negras trabalharem no local, apenas o pedreiro era perseguido pelo chefe.
Testemunhas apresentadas pela construtora tentaram desmentir as declarações do pedreiro. Um depoente afirmou em juízo que o chefe costumava tratar o pedreiro com expressões carinhosas como "abençoado". No entanto, o magistrado considerou convincentes os esclarecimentos das testemunhas do operário.
Por conta disso, o juiz Márcio Zebende avaliou que a conduta desrespeitosa do chefe de obras gerou abalo psicológico e constrangimentos ao pedreiro. O magistrado condenou a construtora o pagamento de indenização de R$3 mil. "Com efeito, as ofensas verbais dirigidas ao empregado, reveladoras do preconceito racial, constituem a prática de ato discriminatório, por causarem lesão á honra, à imagem e à dignidade da pessoa, ensejando, por essa razão, a reparação por danos morais", declarou o juiz.
Fonte: Ciademias
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