sexta-feira, julho 30, 2010

Golpe Milhonário

Minas - O empresário Thales Emanuelle Maioline, 34, que administrava um fundo de investimentos de R$ 50 milhões, está desaparecido desde a sexta-feira passada. Segundo informações divulgadas no Jornal Estado de Minas e no Jornal O Tempo, ele teria sumido levando todo o dinheiro da Firv Consultoria e Administração de Recursos Financeiros. Cerca de 2 mil investidores foram lesados.
    As vítimas eram donos de faculdades, construtoras e também pessoas comuns, que vendiam suas casas e largavam os empregos passando a viver dos altos rendimentos prometidos pelo suposto fundo de ações. 
    Nesta quarta-feira, pelo menos 11 funcionários da Firv Consultoria, que também investiram nos negócios da empresa, formalizaram denúncia de estelionato contra Thales e os sócios. A empresa tem sede no bairro Buritis, região Oeste de Belo Horizonte, mas mantém escritórios nas cidades de Nova Lima, Itabirito e Itabira.
 
A fuga
    O titular da Delegacia Especializada de Investigação de Crimes contra o Patrimônio da capital, delegado Anselmo Gusmão disse que o golpe teria sido descoberto depois que um investidor requisitou um saque de R$ 3 milhões. Pressionado, Maioline deixou Belo Horizonte, na última sexta-feira, com a desculpa de que assinaria um contrato de R$ 20 milhões, em São Paulo. Desde então, não foi mais visto.

O golpe
    Thales atraía investidores oferecendo níveis de rentabilidade que chegavam a 5% ao mês, além de 11% a cada seis meses. Ele, então, utilizava o dinheiro desses novos investidores para pagar clientes antigos que queriam resgatar os recursos aplicados. O esquema funcionava porque os rendimentos não eram pagos aos investidores todo mês. Esse dinheiro só seria devolvido ao cliente quando este fosse resgatado, mas a maioria reaplicava os valores em função dos altos ganhos. Ele também "dava" o incentivo de 11% a quem permanecesse por seis meses no fundo.

Atestado de bobo
    O esquema de fraudes veio à tona depois que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia que fiscaliza as operações financeiras no país, soltou comunicado, em 26 de junho, informando que a empresa de Thales não estava apta a realizar esse tipo de operação.
    Thales apresentou aos investidores o que seria um extrato bancário mostrando as contas recheadas com R$ 97 milhões. O delegado Anselmo Gusmão atestou que um extrato achado na última segunda-feira por funcionários da Firv na empresa é falso. O papel encontrado era apenas uma cópia e o documento da Bolsa de Valores trazia este valor.

Fonte: Cidademais

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