Minas Gerais - Trinta dias depois de um acidente matar nove pessoas na BR-381, na altura do trevo de Caeté, na Grande Belo Horizonte, parentes e amigos das vítimas realizam uma manifestação na rodovia. Na manhã deste domingo (25), os manifestantes bloquearam o tráfego na via.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a interdição foi feita na altura do Km 429, onde ocorreu o acidente. Às 10h foi fechada a pista no sentido Vitória - Belo Horizonte. Meia hora depois a interdição foi feita na pista contrária. O protesto, que contou com a participação de pelo menos 60 pessoas, foi realizado de forma pacífica.
A rodovia foi sinalizada para que a manifestação ocorresse. Cartazes informavam aos motoristas que o tráfego seria interrompido, esclarecendo os motivos da interdição. Os informes foram afixados às margens da rodovia em dois pontos - a 3 Km e a 1 km do local onde a manifestação foi realizada.
Além de manter viva a memória das vítimas, os manifestantes queriam cobrar das autoridades públicas medidas eficazes para tirar da BR-381 a estigma de “rodovia da morte”. “Essa estrada foi projetada para durar 50 anos. Hoje ela não comporta o número de veículos. Há muito acidentes, muitas vítimas, e isso não pode continuar”, afirma o comerciante Izaías Rodrigues da Silva, 29 anos, que perdeu o cunhado no acidente, ocorrido no dia 25 de junho.
Izaías avalia que é necessário remapear a BR-381. “Não adianta duplicar a rodovia. Ela precisa ser reestruturada”, diz. O acidente que os manifestantes relembram ocorreu quando bobinas de aço caíram de uma carreta, atingindo os dois carros onde viajavam as vítimas.
A tragédia que terminou com a morte das nove pessoas causou grande comoção nos moradores da região. As vítimas eram todas parentes e seguiam para o Espírito Santo, onde participariam de um casamento. Entre os mortos havia duas crianças, uma de 3 meses e a outra de 3 anos, e uma mulher grávida de 9 meses.
Fonte: Tempo Foto:ÂNGELO PETTINATI
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