Está em tramitação na Assembléia Legislativa o Projeto de Lei Complementar 61/10 e da Proposta de Emenda à Constituição 59/01, ambos de autoria do Deputado Sargento Rodrigues. A primeira proposição estabelece a exigência do nível superior de escolaridade para o ingresso nos quadros de praça e o título de bacharel em direito para o ingresso no quadro de oficiais da Polícia Militar. A outra, cria a carreira jurídica Militar para os oficiais da Corporação.
O projeto é bem interessante se levarmos em conta a qualificação dos policias do país, contudo resta saber se haverá pessoas interessadas em participar de um concurso público para ganhar os míseros salários que os policiais militares, em grande parte do país, recebem. Não acredito nisso.
Como estamos no Brasil onde os nossos governantes não estão nem ai para a questão salarial, ou melhor, estão sim para eles. Onde professores com nível superior brigam pelo aumento salarial justo, até a Polícia Militar já fez greve, médicos do SUS, enfim todos os setores que exigem curso superior não têm um salário compatível com as exigências é difícil acreditar.
Mas estamos em ano eleitoral e é muito comum aparecer esses tipos de projetos, e até mesmo duplicações de rodovias para, subir no palanque e ludibriar o povo.
A Polícia Militar é uma instituição séria, principalmente a de Minas, falo isso porque tenho muitos amigos e familiares dentro da PM e posso afirmar isso.
O Deputado Sargento Rodrigues pode estar cheio de boas intenções, mas há algumas coisas a se pensar. Primeiro uma pessoa que passa cinco anos em uma faculdade, pagando caro por um curso superior estaria disposta a correr atrás de bandidos, entrar em favelas, embrenhar em um matagal e passar dias atrás de marginais, arriscar a vida por um salário baixo, em torno de R$1.500,00, que um policial militar recebe hoje em início de carreira?
E mais. Já posso imaginar, se aprovado, que em alguns anos irá faltar policiais no Brasil devido as dificuldades e falta de pessoas qualificadas para ingressar na Polícia Militar.
Fonte: O Popular.
Fonte: O Popular.
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