quinta-feira, abril 22, 2010

Mauri Torres é defendido por vereadores

João Monlevade - O envolvimento do deputado Mauri Torres (PSDB) no escândalo das "Notas Frias", denunciado pelo jornal Estado de Minas, foi defendido por vereadores da base aliada do parlamentar. O assunto repercutiu durante reunião ordinária da Câmara dos Vereadores, realizada excepcionalmente nessa terça-feira, 20.
    O primeiro a comentar o caso foi o vereador Sinval Dias (PSDB). O discurso dele foi marcado por gafes e desconhecimento do assunto. Sinval voltou a tecer críticas sobre os investimentos do Executivo destinados à imprensa em Monlevade, que no primeiro trimestre deste ano totalizaram R$ 280 mil. No entanto, o tucano se calou diante dos elevados recursos investidos pelo deputado em emissoras de rádio na região de Viçosa. Como já informou o Bom Dia, Mauri Torres destinou, entre setembro de 2009 e janeiro deste ano, R$ 65.570,00 ao grupo Montanhesa. O deputado argumentou que o investimento foi para divulgação de matérias pagas sobre sua atividade parlamentar.
    Apesar de o escândalo ter vindo à tona em pleno ano eleitoral, Sinval garante que as denúncias não vão afetar a votação de Mauri Torres. Além disso, o vereador disse prever que Mauri será reeleito e que vai ultrapassar 150 mil votos nas eleições de outubro. Sinval avalia que a divulgação do escândalo por órgãos de imprensa estadual e municipal tiveram o objetivo de denegrir a imagem do deputado.
    Outro comentário de Sinval chamou a atenção de quem prestigiou a reunião do Legislativo. Ele citou o envolvimento do deputado Padre João (PT) no escândalo das "Notas Frias". Na avaliação do vereador, qualquer parlamentar poderia se envolver em alguma irregularidade, com exceção do deputado petista, já que ele é pároco e por isso deveria ter postura exemplar. Nos bastidores, a declaração de Sinval foi considerada gafe já que até então o deputado Padre João não teve o nome envolvido no escândalo.
    Quem também se manifestou sobre o escândalo foi o vereador Guilherme Nasser (PSDB). Ele se posicionou em defesa do deputado Mauri e justificou que quem entra para a vida pública tem de estar preparado para situações semelhantes. O vereador disse defender uma investigação sobre as denúncias e destacou que o escândalo envolve vários outros deputados da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
    Entre os parlamentares que integram a base aliada do Governo Municipal, apenas os vereadores Vanderlei Miranda (PR) e Robertinho do DVO (PMN) comentaram a polêmica. Miranda disse defender uma investigação sobre as irregularidades para que todos os responsáveis sejam punidos. "Tem que investigar para apontar os culpados. É muito dinheiro envolvido", justificou.
    Já o vereador Robertinho optou por promover novos ataques à imprensa de Monlevade. Quanto ao escândalo envolvendo o deputado Mauri Torres, o vereador se limitou a comparar as abordagens diferentes apuradas pelos jornais do município.

Fonte: Cidademais

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